Estratégias de utilização da noz pecã [Carya illinoinensis (Wangenh) C. Koch]: obtenção de óleo por fluidos pressurizados e aplicação de extratos bioativos em filme biodegradável
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Data
2021-05-31Primeiro membro da banca
Mazutti, Marcio Antonio
Segundo membro da banca
Wagner, Roger
Terceiro membro da banca
Canabarro, Nicholas Islongo
Quarto membro da banca
Aouada, Márcia Regina de Moura
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Este trabalho teve por objetivo avaliar os processos de obtenção do óleo da noz pecã e da torta de noz pecã por fluidos pressurizados (dióxido de carbono - CO2 e gás liquefeito de petróleo - GLP ), bem como elaborar extratos bioativos da torta de noz pecã (TNP) e aplicá-los em filmes biodegradáveis e comestíveis. Para a obtenção dos óleos foi elaborado um planejamento 22 com triplicata no ponto central variando as condições de pressão e temperatura. Para a extração com CO2 pressurizado utilizou-se pressão de 150-250 bar e temperatura de 20-60 °C; para a extração com GLP pressurizado utilizou-se pressão de 10-25 bar e temperatura de 20-40 °C. O estudo da extração do óleo da noz pecã buscou avaliar o rendimento de extração, atividade antioxidante, perfil de ácidos graxos, compostos bioativos (esqualeno e β-sitosterol), e os parâmetros de qualidade química dos óleos. Os maiores rendimentos foram observados a 250 bar / 20 °C e 10 bar / 20 °C para as extrações de CO2 e GLP, respectivamente. Todos os óleos apresentaram inibição do radical DPPH acima de 70%. O ácido oleico foi o ácido graxo predominante em todas as amostras. Os maiores valores de compostos bioativos (esqualeno e β -sitosterol) foram encontrados nos óleos extraídos com CO2. O óleo da torta da noz pecã foi caracterizado em termos de rendimento de extração, perfil de ácidos graxos, qualidade lipídica, conteúdo de esqualeno e β-sitosterol e qualidade físico-química. Os maiores rendimentos foram obtidos a 250 bar/ 20 °C (CO2) e 10 bar / 20 °C (C-LPG). O perfil químico dos óleos é caracterizado principalmente por ácidos graxos, onde os ácidos oleico e linoléico foram os compostos majoritários encontrados em todas as amostras. Teores de esqualeno e β-sitosterol também foram obtidos nos óleos. Os resultados mostraram que o TNP é uma biomassa interessante para extração de óleo e cujos processos de separação utilizando fluidos comprimidos são uma opção atrativa para processá-lo. Para a obtenção dos extratos foi utilizado um planejamento 22 com triplicata no ponto central onde avaliou-se a influência dos parâmetros de extração, como graduação alcoólica do etanol (%) e tempo de extração (min) no teor de compostos fenólicos. A condição que apresentou o maior teor de compostos fenólicos totais (101.61 mg GAE/g) foi a que utilizou a menor concentração de álcool e menor tempo de extração (condição 1 - 65% álcool / 20 min), sendo a condição escolhida para ser incorporada nos filmes. A adição de 10 e 20% de extrato da TNP nos filmes mostrou um aumento da elongação da ruptura, provocou um aumento na opacidade e escurecimento dos filmes. A incorporação do extrato da TNP nos filmes aumentou significativamente a atividade antioxidante.
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