Percepção de trabalhadores de enfermagem frente ao processo de readaptação funcional por adoecimento
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Data
2018-12-17Primeiro coorientador
Silva, Rosângela Marion da
Primeiro membro da banca
Tavares, Juliana Petri
Segundo membro da banca
Lima, Suzinara Beatriz Soares de
Terceiro membro da banca
Coelho, Alexa Pupiara Flores
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O objetivo geral deste estudo foi conhecer a percepção dos trabalhadores de enfermagem frente ao processo de readaptação funcional por adoecimento, e específicos: caracterizar os trabalhadores de enfermagem em processo de readaptação funcional por adoecimento; conhecer as facilidades e dificuldades dos trabalhadores de enfermagem em processo de readaptação funcional por adoecimento e conhecer as ações empreendidas pelos trabalhadores de enfermagem para a readaptação funcional por adoecimento. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, descritivo-exploratório. O cenário foi o Hospital Universitário de Santa Maria. Participaram do estudo, 16 trabalhadores. O critério de inclusão foi ser trabalhador de enfermagem em readaptação funcional por adoecimento, no exercício das atividades laborais no período da coleta de dados. Para produção dos dados, utilizou-se a entrevista semiestruturada individual. A análise foi realizada com base no referencial de Bardin e por meio do conteúdo, pressupostos e conceitos da Teoria Sócio-Humanista de Capella e Leopardi. O projeto de pesquisa foi aprovado sob o Certificado de Apresentação para Apreciação Ética 86387418.5.0000.5346, parecer 2.599.112, datado de 14 de abril de 2018. Os preceitos éticos da Resolução Nº 466/2012 foram integralmente respeitados. O processo de readaptação funcional é considerado positivo diante da diminuição de sintomas e do uso de medicações, possibilidade de redescoberta de si, realização de ações frente ao paciente, identificação com o setor, sentimento de ser útil e gostar do que faz, facilidade e rapidez da mudança de setor, acolhimento, boa recepção, apoio e compreensão da equipe, bom relacionamento, apoio de profissionais de saúde, Direção de Enfermagem, outros profissionais da saúde e família; acompanhamento psicológico no retorno, boa condução do processo de troca de setor e vontade de aprender e se readaptar. Quanto às dificuldades, estas foram: desconhecimento da existência do processo de readaptação funcional, do fluxo e do funcionamento, deficit referido pelo trabalhador do quadro de pessoal, necessidade de treinamento de novos contratados, demorando na realocação, alteração da renda mensal, aceitação da nova situação de vida e saúde e de conviver com as limitações, dificuldade de aderir ao tratamento médico devido os efeitos colaterais que poderiam prejudicar as atividades, relacionamento com colegas de trabalho e chefia do setor, não ser bem recebido, saudade de desenvolver atividades diretamente com os pacientes, desconhecimento do novo setor e do funcionamento, adaptação a diferentes normas, rotinas e processos de trabalho, competitividade, sobrecarga para equipe de trabalho e desconforto em pedir ajuda, sentimento de inutilidade, adaptação às condições de saúde, de reconhecimento de si e com as limitações, perda de identidade no novo setor, dificuldade de aceitação da equipe, falta de acompanhamento e atendimento institucionais, falta de reconhecimento/valorização, empatia e diálogo e cobranças institucionais/exigências. Relatam que as ações empreendidas foram: busca por auxílio espiritual, profissional e institucional e a adoção de atividades fora do ambiente laboral. O processo encontra-se inter-relacionado a um processo interno para cada trabalhador que, quando compreendido e apoiado, sente-se fortalecido para enfrentar as dificuldades.
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